Novembro se tornou um período especial para falar sobre a saúde do homem, desde que foi institucionalizado como o mês do combate ao câncer de próstata. Essa iniciativa, além de ser uma responsabilidade social, se faz necessária já que os dados a respeito do câncer de próstata no Brasil e a negligência masculina em relação aos cuidados com a saúde são alarmantes. Hoje, sabe-se que, quando detectado precocemente, 90% dos casos da doença têm grandes chances de cura e aumento de sobrevida.
Apesar de os números do câncer de próstata serem preocupantes no Brasil, não é fácil alcançar o público masculino, especialmente no que se refere à saúde. O Instituto Lado a Lado pela Vida foi pioneiro em abordar a questão do câncer de próstata no Brasil. Em 2008, lançou a Campanha “Um Toque, Um Drible”, composta de ações que disseminam informações sobre o câncer de próstata e conscientizam homens, mulheres e jovens para que a questão da saúde masculina seja um processo construído ao longo da vida.
Essas medidas foram tomadas como forma de reverter o quadro expressado por uma pesquisa realizada no mês de maio de 2013 pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), que revelou que 47% dos homens entrevistados nunca fizeram o exame de toque retal, fundamental para detectar o câncer de próstata, engrossando o número de possíveis acometidos pela doença, que atinge todos os anos no Brasil cerca de 60 mil homens.
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A próstata é uma glândula presente nos homens, localizada abaixo da bexiga e à frente do reto. O câncer pode ser descoberto inicialmente no exame clínico, um toque retal, exame que enfrenta a resistência de muitos homens, combinado com o resultado de um exame no sangue. Se detectado o tumor, só a biópsia é capaz de confirmar a presença de um câncer. Segundo a SBU, quando descoberto no início, 90% dos casos de câncer de próstata são curáveis. De acordo com Ribeiro, pessoas que têm casos de câncer de próstata na família, obesas, e negras têm mais risco de desenvolver a doença.
Segundo o Inca, no Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, atrás do câncer de pele. Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando 10% do total de cânceres. A taxa de incidência do câncer de próstata é seis vezes maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento.
Na fase inicial, o câncer da próstata não costuma apresentar sintomas. Quando surgem são parecidos com os do crescimento benigno da próstata: dificuldade de urinar e necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou a noite. Na fase avançada, a doença pode provocar dor nos ossos, problemas para urinar e, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal.
O tratamento vai depender do estágio da doença, e pode ser feito com cirurgia, radioterapia, tratamento hormonal e algumas vezes apenas observação médica.
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