Minas Gerais lidera o ranking nacional de barragens de mineração, com 350 estruturas, representando 38,7% do total do país, conforme dados da Agência Nacional de Mineração (ANM). No entanto, apenas 17 fiscais são responsáveis por monitorar essa extensa rede em todo o estado.
O fato tem gerado preocupação entre parlamentares na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), depois da tragédia que assola o Rio Grande do Sul. Eles questionam a eficácia das políticas ambientais. Uma audiência pública nesta quinta-feira (16/5) vai debater os riscos de desastres em Minas e a destinação, no orçamento do estado, de recursos para prevenção e atendimento da população em caso de desastres.
Vale relembrar que a ANM é uma agência federal ligada ao Ministério de Minas e Energia, liderado pelo mineiro Alexandre Silveira. Apesar disso, os opositores ao governador Romeu Zema (Novo) questionam as medidas que o governo estadual vem fazendo para lidar com a falta de fiscalizações.
Foram convidados para a audiência pública professores, militantes e membros do governo estadual da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad); da Subsecretaria de Direitos Humanos e da Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Qualidade do Gasto.
De acordo com os deputados membros da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Minas não aguentaria chuvas como as do Rio Grande do Sul, que enfrenta a pior tragédia climática da história.