
Em cerimônia que marcou a chegada do prefeito de Pará de Minas, Antônio Júlio (PMDB), à Presidência da Associação Mineira dos Municípios (AMM), o governador de Minas Gerais Fernando Pimentel (PT) aproveitou a presença dos chefes de Executivo municipal para anunciar que, até o fim do ano, todas as obras do governo estadual que estão paralisadas serão retomadas.
“Já começamos a recuperar os contratos de manutenção e conservação de estradas”, afirmou o governador.
O relatório da auditoria feita pela Controladoria Geral do Estado, apresentada no início de abril, apontou que 346 obras estavam paradas no estado por falta de recursos.
O petista também informou que, nos próximos 15 dias, serão instalados os Fóruns Regionais de Governo. “Com este olhar regional vamos começar a discutir com as lideranças políticas, sociais, religiosas e de trabalhadores quais são as prioridades das regiões, para incluir no Plano Plurianual de Ação Governamental e no orçamento do ano que vêm”, afirmou.
Ele informou que a divisão foi formulada pela Secretaria de Planejamento e Gestão, mas que antes da implementação do programa, o projeto será apresentado para a diretoria da AMM.
A cerimônia de posse de Antônio Júlio, em evento realizado no Expominas, também contou com a presença do vice, Antônio Andrade, e de vários secretários de Estado.
Críticas. Empossado, Antônio Júlio disse não haver ressentimento quanto a disputa pela presidência da AMM. Ele elogiou Fernando Pimentel e lembrou o fato do governador ter sido prefeito, garantindo que terá uma relação positiva junto ao Estado.
Porém o peemedebista não poupou críticas ao governo federal. Para Antônio Júlio, Dilma precisa tomar as rédeas da discussão política no Brasil.
“Vivemos um momento em que a presidente da República não conversa com a classe política, não conversa com o Congresso. Isso é muito grave”, criticou.
Ele disse que irá pressionar os governos sempre que for preciso na relação tanto com o governo estadual, do petista Fernando Pimentel, quanto na discussão com o governo federal.
“Minas pode dar um exemplo. Estou disposto a conversar, junto a prefeitos, vereadores, com a Assembleia” afirmou, dizendo que, se tiver oportunidade, falará pessoalmente isso à petista, que virá a Minas Gerais na segunda-feira. Dilma estará em Frutal, no Triângulo mineiro.
Copasa
Críticas. O novo presidente da AMM fez críticas à gestão da Copasa nos últimos anos, na questão da crise hídrica. “A Copasa está em 650 municípios e não fez um tostão de planejamento, nem de investimento, então não foi só uma crise hídrica”.