Os servidores da Prefeitura de Dom Bosco que trabalham no posto de saúde da cidade foram às ruas manifestar, na sexta-feira (24/07) vestidos de roupa preta e segurando faixas os servidores demonstraram sua insatisfação com a forma que a administração municipal vem tratando os profissionais que estão atuando na linha de frente no combate ao (COVID-19).
Mesmo com o registro de 58 casos confirmados e 02 óbitos por COVID-19, os servidores da saúde de Dom Bosco MG não estão recebendo o adicional, insalubridade.
São dezenas de trabalhadores que estão colocando a própria vida em risco, expostos a uma alta carga viral, no contanto direto com inúmeros pacientes diagnosticados com coronavírus ou assintomáticos que chegam a unidade de saúde.
A concentração dos manifestantes para o protesto começou ao lado do posto de saúde na Praça Salustiano Cordeiro, no bairro de Centro. Os manifestantes seguiram em passeata até a sede da Prefeitura de Dom Bosco.
Uma comissão composta por membros do Sindicato dos Servidores Públicos de Dom Bosco solicitou uma reunião com a prefeita Iramaia Cordeiro de Almeida, após aguardarem por mais de uma hora em frente a prefeitura, a prefeita informou através de sua secretária que não receberia os servidores e também não falaria com a imprensa.
A gestora resiste em não pagar a insalubridade para servidores municipais que estão no enfrentamento ao (Covid-19), diferente dos municípios vizinhos que enviaram à casa legislativa de seus respectivos municípios projetos de lei para realinhar o salário dos profissionais da saúde inclusive estão pagando a insalubridade em último grau.
Recursos para o combate ao Covid-19
O presidente Jair Bolsonaro editou uma medida provisória que liberou R$ 60,1 bilhões para estados, Distrito Federal e municípios aplicarem em ações de enfrentamento à pandemia de coronavírus. O repasse do dinheiro está previsto na Lei Complementar 173, de 2020.
O crédito extraordinário faz parte do Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus. O auxílio financeiro será dividido em quatro parcelas iguais ao longo do ano. Estados, Distrito Federal e municípios devem aplicar R$ 10 bilhões em ações de saúde e assistência social.
Desse total, governadores devem destinar R$ 7 bilhões ao pagamento de profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Sistema Único de Assistência Social (Suas). O rateio vai obedecer a dois critérios: taxa de incidência do coronavírus divulgada pelo Ministério da Saúde e tamanho da população.
A diferença de R$ 3 bilhões fica com os prefeitos. O dinheiro também deve ser usado para o pagamento dos profissionais que atuam no SUS e no Suas e será distribuído de acordo com a população de cada cidade.
O município de Dom Bosco MG, está recebendo do governo federal o valor é de R$404.719,13(quatrocentos e quatro mil e setecentos e dezenove reais e treze centavos), para o combate do coronavírus no município de Dom Bosco.
Mesmo após decorrido um mês da manifestação a prefeita não se dispôs a pagar a insalubridade aos servidores.