Na região de Paracatu (MG), há uma preocupação por parte dos produtores por conta da falta de chuvas, que pode impactar diretamente na safra de verão. A situação, que não estava sendo prevista pelos climatologistas, de acordo com o produtor rural João Alves da Fonseca, já traz 20 dias sem chuvas irregulares para grande parte da região e chuvas esparsas em pequenas áreas.
O produtor conta que o “impacto é impressionante”, com plantas bastante sentidas e até mesmo mortas em alguns casos, demonstrando os sinais que o clima vem deixando nas lavouras.
Aliadas à falta de chuva, as temperaturas também fazem parte da situação que assola a região. A temperatura média é de 35°C, passando até mesmo a 40°C em alguns casos.
Segundo João, já existem perdas consolidadas, embora ainda não seja possível realizar uma estimativa. A cultura de feijão, conforme ele aponta, tem “uma perda muito considerável”. Nas lavouras de milho, há folhas mortas ou queimadas. Já para a cultura da soja, a perda também é considerável, mas ainda difícil de avaliar, já que a cultura possui uma capacidade de recuperação maior.
Ele explica que, se as chuvas retornarem, dependendo da variedade de soja, ainda dá tempo de recuperar os prejuízos – principalmente nas lavouras com ciclo tardio, que ainda não entraram em processo produtivo.
A maioria das previsões climáticas apontam para chuvas firmes depois do dia 13 de janeiro – alguns meteorologistas também apontam o dia 8 de janeiro. No ano passado, o problema foi inverso: a região sofreu com mais de 600mm de chuva, impedindo as safrinhas de milho e sorgo.
As áreas irrigadas ainda passam por uma situação na qual ainda não falta água, devido às chuvas de novembro. No entanto, grande maioria da área é de sequeiro, conforme conta João.