Uma audiência pública foi realizada na tarde desta quinta-feira (19) com a da Comissão de Administração da Câmara e a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) em Paracatu, no Noroeste do estado. Na reunião, a comissão cobrou medidas emergenciais da Copasa e do Município para solucionar ou minimizar a crise hídrica pela qual passa a cidade.
Populares protestaram em frente ao escritório da Copasa em Paracatu.
O prefeito de Paracatu Olavo Condé explicou a população os esforços que estão sendo realizados para garantir o abastecimento de água.
Na audiência e em nota oficial, a empresa informou que está providenciando a contratação de mais caminhões-pipa para minimizar os impactos no abastecimento.
A companhia disse que desenvolve também um projeto de construção de um reservatório de acumulação, que ficará próximo ao Ribeirão Santa Izabel e vai permitir uma reserva estratégica de água para garantir o abastecimento durante os períodos de estiagem. A previsão é que o trabalho seja concluído nos próximos meses.
Além disso, a Copasa anunciou, em coletiva, o início de trabalhos mais intensos de abastecimento, onde vai promover alterações no sistema de rodízio, para garantir o fornecimento de água em todas as regiões da cidade.
O próximo passo da comissão será uma reunião com a administração da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para unir o legislativo municipal e estadual e cobrar o cumprimento integral do contrato celebrado entre a Copasa e o Município.
Segundo a assessora parlamentar, Lílian Derkiê, a reunião já foi solicitada. Ela aguarda retorno da agenda do deputado Agostinho Patrus Filho (PV), vice-presidente da Comissão de Administração Pública da ALMG.
Copasa inicia rodízio no abastecimento
A Copasa começou, no dia 1º de setembro, a adotar um rodízio para o abastecimento nos bairros da cidade, em consequência da baixa vazão do Ribeirão Santa Isabel no período de estiagem. Para minimizar a situação, a companhia buscou um caminhão-pipa com água potável em João Pinheiro para abastecer o reservatório.
Em uma audiência pública no dia 26 de setembro, a população presente e vereadores cobraram mais investimentos da companhia no Município. De acordo com a assessoria do Executivo, o contrato que foi renovado em 2010 apresentava um relatório que dizia que o Rio Santa Isabel seria suficiente para abastecer a cidade até 2027.
Contudo, desde que foi decretado estado de calamidade pública, no dia 18 de setembro, em alguns bairros a água é ofertada apenas durante quatro horas por dia.
Por conta da seca, a água não tem força para chegar à tubulação dos bairros, que são mais altos e o abastecimento é feito através de caminhão-pipa.
Fonte:G1.com
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