Bonfinópolis de Minas/MGPrincipal

BONFINÓPOLIS DE MINAS – CULTURA E HISTÓRIA

“Em seu significado mais primitivo, a palavra patrimônio tem origem atrelada ao termo grego pater, que significa “pai” ou “paterno”. De tal forma, patrimônio veio a se relacionar com tudo aquilo que é deixado pela figura do pai e transmitido para seus filhos. Com o passar do tempo, essa noção de repasse acabou sendo estendida a um conjunto de bens materiais que estão intimamente relacionados com a identidade, a cultura ou o passado de uma coletividade.

Essa última noção de patrimônio passou a ganhar força no século XIX, logo que a Revolução Francesa salientou a necessidade de eleger monumentos que pudessem refutar o esquecimento do passado. Nesse período, levando-se em conta a noções historiográficas da época, os monumentos deveriam expressar os fatos de natureza singular e grandiosa. Sendo assim, a preservação do passado colocava-se presa a uma noção de “melhoria”, “evolução” e “progresso”.

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A conceituação atual do patrimônio acabou estabelecendo a existência de duas categorias distintas sobre o mesmo. Uma mais antiga e tradicional refere-se ao patrimônio material, que engloba construções, obeliscos, esculturas, acervos documentais e museológicos, e outros itens das belas-artes. Paralelamente, temos o chamado patrimônio imaterial, que abrange regiões, paisagens, comidas e bebidas típicas, danças, manifestações religiosas e festividades tradicionais.” (fonte: Brasil Escola)

 

 

Em Bonfinópolis de Minas, o acervo de patrimônio Histórico e cultural não é vasto, porém muito bem cuidado e preservado, tanto no âmbito material quanto imaterial.

O Conselho de Patrimônio Histórico foi criado em Bonfinópolis no ano 2001 e é ele o responsável pelas políticas de preservação e manutenção do nosso acervo. A primeira grande e necessária ação, foi o tombamento e a restauração da Igreja de Lages, que se encontrava em estado precário. Após essa ação, outras tantas foram (e são) realizadas no município, como o tombamento e a restauração de muitos bens materiais móveis e imóveis, bens naturais, e o registro de vários bens imateriais, como receitas culinárias, danças e manifestações religiosas. O trabalho do conselho não se restringe, porém, ao aspecto técnico e burocrático, realizando também projetos de Educação Patrimonial e projetos de incentivo à cultura e à leitura como o projeto Cultura em Domicílio, que leva biblioteca itinerante (batizada de Ermelinda Laboissiere) até as comunidades rurais e a realização de 2 em 2 anos da Jornada Mineira do Patrimônio Cultural.

O trabalho dedicado e correto, além de voluntário vale dizer, feito pelos conselheiros vem sendo reconhecido pelo IEPHA, pois há muitos anos, Bonfinópolis mantem a melhor pontuação do ICMS cultural na região, o que é revertido em recursos para o município e incentiva o trabalho de preservação.

A chefe do setor de Patrimônio Histórico, Nilvésia Luiz Bandão recorda que nem sempre foi assim: “No início, foi muito difícil, era preciso conscientizar a administração, a população e as comunidades da importância desse trabalho, tivemos muitos percalços, perdemos pontuação, ficamos sem pontuar e depois de algum tempo, graças a garra e determinação dos nossos conselheiros e o excelente relacionamento com a administração municipal temos tido a possibilidade de realizar  um trabalho contínuo, que garante resultados satisfatórios.”

O atual presidente do Conselho, Raimundo Martins, reconhece o trabalho dos antecessores: “O bom trabalho que desenvolvemos hoje, é reflexo da estruturação bem feita e organizada que o conselho teve no seu início e as gestões dinâmicas à sua frente durante esses anos. Precisamos valorizar muito o trabalho de quem preservou e ajudou a preservar de uma forma ou de outra a nossa história. Desde que entrei no conselho, em 2013, temos membros atuantes e trabalhadores, mas sei que houve épocas em que a Nilvésia carregou nas costas,sozinha o conselho e todas as suas ações. Minha justa homenagem a ela. Deixo a presidência esse ano com uma deliciosa sensação de dever cumprido!”

Bonfinópolis de Minas se orgulha das suas raízes, da sua cultura e da sua história. Aos poucos, vamos aprendendo sobre a importância de preservar nossa identidade.

 

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