Entrevista: Ouça o bate-papo que tivemos com a equipe Pré-Romaria da 20ª Romaria das Águas e da Terra

A provisão de água doce está diminuindo a nível mundial. Uma pessoa em cada cinco não terá acesso a água potável. A água é cada vez mais um bem escasso no planeta e notadamente em nosso país. A agricultura é essencial para o ser humano, mas é também um dos setores que mais consome água no Brasil e em todo o mundo.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), aproximadamente 70% de toda a água potável disponível no mundo é utilizada para irrigação, enquanto as atividades industriais consumem 20% e o uso doméstico 10% .

Esses dados revelam que parte da água no Brasil já perdeu a característica de recurso natural renovável (principalmente nas áreas densamente povoadas), em razão de processos de urbanização, industrialização e produção agrícola, que são incentivados, mas pouco estruturados em termos de preservação ambiental e da água.

Em 20 anos, 1/3 das terras do Estado de Minas será improdutiva se não houver controle sobre fatores como desmatamento mal utilização do uso do solo.

Um terço do território mineiro corre o risco de virar deserto se nada for feito para combater a degradação do solo. A ameaça, que pode se concretizar em 20 anos, recai sobre 142 municípios que ocupam 177 mil quilômetros quadrados na Região Norte e municípios do Noroeste, nos vales do Jequitinhonha e Mucuri, onde predominam os climas semiárido e subúmido seco e de entorno.

São regiões que a cada ano apresentam baixos índices de precipitação pluviométrica, já são suscetíveis à desertificação, que torna inviável o uso delas para fins econômicos e sociais. Para piorar, o processo é acelerado pela ação do homem, como indica o Plano de Ação Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca em Minas Gerais (PAE/MG). O estudo foi elaborado pelo Governo do Estado, conforme exigência do Ministério do Meio Ambiente.

Os resultados apresentados mostram que atividades intensas de agricultura e pecuária, desmatamento indiscriminado, irrigação mal planejada e cultivo de monoculturas em ecossistemas frágeis, de baixa capacidade de regeneração, levam à perda da capacidade produtiva do solo e da biodiversidade.

Em Minas, 2,2 milhões de habitantes, ou 20% da população do Estado, vivem nas Áreas Suscetíveis à Desertificação (ASDs). A atividade econômica que predomina nestas regiões vai do extrativismo vegetal à agropecuária empresarial. A falta de chuva e a perda de espaço fértil devido à degradação do solo já apresentam, em algumas cidades, limitações para as atividades agrícolas. Em um futuro próximo, podem gerar graves problemas socioeconômico.

Todo esse contexto tem gerado preocupação na igreja católica, em especial na Arquidiocese de Paracatu MG, quem vem observando os problemas ambientais seguidamente repetidos no Noroeste do Estado. O uso indiscriminado de agrotóxicos e da irrigação mal planejada tem causado grandes danos ambientais e a saúde da população, o noroeste mineiro tem o maior número de área irrigada são 70 mil hectares recebendo água dos afluentes da região. Com esse contexto a Diocese está promovendo e apoiando a Caravana Pré-Romaria da 20ª Romaria das Águas e da Terra/MG.

Entrevista

Para falar um pouco sobre o projeto Caravana Pré-Romaria da 20ª Romaria das Águas e da Terra/MG, convidamos para um bate papo muito agradável os membros que compõe a Caravana Cultural Pré-Romaria da 20ª Romaria das Águas e da Terra composta pelo Frei Gilvander Luís Moreira, Coordenador da Comissão Pastoral da Terra/MG. Acompanhado dos talentosos cantores e compositores Carlos Farias e Wilson Dias. A entrevista foi realizada no gabinete do Prefeito Donizete que recebeu os membros da caravana com muita satisfação.

Ouça a entrevista, inclusive uma palhinha do que é apresentado no show Eco Ecológico.


 

 

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