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Estiagem em 2015 tende a ser muito mais severa em Minas Gerais

No último ano, 102 municípios mineiros decretaram “situação de emergência” em virtude dos estragos e da crise econômica alavancada pela forte estiagem. Diversas represas secaram e nascentes importantes, como uma das tantas que formam o rio São Francisco, também deixaram de vazar água.

Todas as usinas hidrelétricas instaladas em Minas Gerais estão com nível de armazenamento muito baixo, o que praticamente restringe a produção segura de energia elétrica nos próximos meses, incluindo o complexo de Furnas, no centro-sul do estado.

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A situação mais delicada observada é a do reservatório Bom Retiro, no rio Paraopeba, entre Curvelo e Pompéu, que possui dramáticos 4,3% do volume total. Além do Vale do Jequitinhonha e toda a porção norte mineira, naturalmente mais secas, as projeções de precipitação para os próximos seis meses são unânimes em indicar pouca ou nenhuma precipitação acumulativa. O mesmo cenário é desenhado para a Região Metropolitana de Belo Horizonte, que pode ter em 2015, o menor índice pluviométrico da história, caso as previsões se confirmem.
Para as bacias de grandes rios no oeste, sudoeste e sul do estado, o indicativo não mostra chuva acumulativa, o que poderá provocar um colapso no abastecimento de água das cidades e na geração de energia elétrica.


Para o biólogo Ricardo Motta Pinto Coelho, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a previsão é de falta de água. “A crise hídrica está sendo aguçada e com isso o racionamento de energia elétrica e de abastecimento é realidade que só os governos não querem ver. O baixo nível das águas é resultado de recargas de lençóis subterrâneos comprometidos e que respondem por 90% da água doce”, afirma

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Fonte: deolhonotempo.com.br

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