De 1º de julho a 30 de setembro, Minas Gerais passa pelo período conhecido como vazio sanitário, em que fica proibido o plantio de soja. Estabelecida pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), a medida tem como objetivo prevenir e controlar a ferrugem asiática, doença que ataca a lavoura e causa prejuízos aos produtores.
As pesquisas orientam que seja realizada a eliminação do hospedeiro, a planta de soja, para se eliminar o fungo causador da ferrugem asiática, que provoca queda das folhas e prejudica a formação dos grãos, derrubando drasticamente a produtividade das lavouras – esclarece o diretor-geral do IMA, Altino Rodrigues Neto.
O IMA, órgão responsável pela fiscalização do cumprimento do vazio sanitário da soja, alerta aos produtores que cumpram a medida por se tratar de uma praga extremamente prejudicial à economia. Aquele que não cumprir a legislação estará sujeito a notificações e multas. Há exceção, apenas, para as áreas de pesquisa científica e de produção de sementes genéticas, que devem ser devidamente autorizadas, monitoradas e controladas pelo IMA.
O papel do produtor também não se limita à eliminação das plantas. Todo sojicultor deverá cadastrar junto ao IMA as áreas plantadas a cada safra, até 30 dias após o término do plantio. O produtor deve procurar a unidade mais próxima da sua propriedade para realização do cadastro. Os endereços dos escritórios podem ser consultados no portal www.ima.mg.gov.br.
Vazio sanitário
Entende-se por vazio sanitário o período de ausência total de plantas vivas de soja, excluindo-se as áreas de pesquisa científica e de produção de semente genética, devidamente monitorada e controlada.
A medida é uma proteção contra a ferrugem asiática, doença causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi Sydow que provocou um prejuízo de US$ 2 bilhões à sojicultura brasileira na safra 2005/2006. Durante o período, todas as plantas de soja existentes na propriedade devem ser erradicadas, por meio de produtos químicos ou equipamentos.